Debby estava triste.
Incapaz de entender porque seu humor agia como se fosse uma montanha russa em um parque de poucas diversões, tentava culpar outros alguéns por sua repetitiva infelicidade.
Hoje, Debby não era a moça sorridente, otimista e simpática que sempre fora.
Sentia-se feia, desanimada, deprimida, gorda!
E de todas as razões que podia buscar, a mesma atingia seus pensamentos, como mariposa atinge a janela, tentando sair em busca da luz:
Os homens são capazes de iluminar ou apagar uma mulher.
Quantas vezes vira mulheres casadas, que ao se separarem pareceram florescer
Mulheres desejadas pelo sexo oposto eram as mais bonitas, ou seriam elas bonitas porque sentiam o desejo dos homens?
Debby não sentia o desejo de seu homem. E mesmo que se sentisse desejada algumas vezes, por olhares sorrateiros e respeitosos, naquela manhã, despertou como a gata borralheira.
Debby tinha amor, tinha amizade, mas não tinha o fogo que aquece a alma e a escuridão do quarto.
Sua luz estava tão apagada que já não conseguia nem ao menos fantasiar.
E em sua própria escuridão, não conseguia atrair nenhuma réstia de desejo de seu esposo.
Debby estava carente de uma transa caliente.
E ela esperou aquele dia passar, na ânsia de que amanhã seu humor se revirasse em um looping, e voltasse ao topo dos trilhos daquela montanha.
Meu nome é Sarah B. - Sou autora do blog: Borboletas também choram
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